Ele ia todas as tardes a uma pequena praça
Gostava do sol, das árvores ao seu redor
Do som dos pássaros enquanto
Treinava seu origami
E mesmo com o ambiente saudável
Com o passar do tempo
Ele ia se irritando
Com sua dobradura irregular
Com o formato estranho que o seu trabalho tinha
Até que um estranho pensamento veio-lhe
Que as folhas eram como as pessoas a quem ele
Se dedicava , e que não adiantava tentar torná-las
Perfeitas , eram como sua dobradura
Tinham traços e defeitos diferentes umas das outras
E olhou para seus trabalhos e percebeu que como
Os origamis que fazia eram único por seus defeitos
Pelos traços desordenados, e reconheceu a beleza
Na sua falta de exatidão
E como a vida erra pra ser mais bela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário