sábado, 31 de dezembro de 2011

Ontem


Não adianta o ano mudar
Não adianta um ano trocar
Tudo isso não te fará mudar

Mude suas escolhas
Mude suas atitudes
Mude seus hábitos
Mude o que quiser
Então um novo ano começará

Levam-se segundos para mudar, não anos

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Bem-te-vi


É estranha como sua originalidade
Não um estranho ruim, mas peculiar
Dessas que te faz querer ter olhado nos olhos
Por uma segunda, terceira, quarta ou quinta vez,
Mas você só é capaz de notar na primeira vez
Pois na segunda já é ignorado

Prima da rocha e da lagoa
Irmã da primavera
Tudo perto dela desabrocha
E seu tempo voa
Voa sem olhar para trás,
Mas sem vergonha alguma do que passou

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Crença


Esbarrei em algumas lacunas na vida
Algumas vazias há muito tempo
Tampouco pude transpassar outras,
Sem que encolhesse a barriga ao penetrar
Em um mar de espinhos pontiagudos
Tudo para tentar reescrever
Uma tarde que passei com você
A mais Espinhosa maneira de entender
Que não posso mudar ontem
O que será de nós amanhã

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Delirar


Tenha o chão
A força para agüentar meus passos
Serão duros e largos
Andarei sem companhia do medo
Tampouco estarei com a dúvida
Em minha fronte orgulho
Sem anseio pelo destino
Dando passos rasos 
Amargos e ralos
Passarei por cima de seus obstáculos

Tenha o céu tamanho
Para a grandeza de meus atos
Poupe o sol da inveja
E agradeça os ventos
Pela brisa fresca
Que às vezes, só às vezes
Nós faz delirar

Inevitável


São as ultimas talvez
As mais importantes sempre
Palavras que desperdicei
Tentando provar algumas vezes
Que algo bom eu fiz
Mas tudo em que penso
Tudo que escrevo
Talvez tudo que possa lembrar
E que te deixei ir embora
E você não vai voltar