sábado, 24 de outubro de 2009

Ele ia todas as tardes a uma pequena praça

Gostava do sol, das árvores ao seu redor

Do som dos pássaros enquanto

Treinava seu origami

E mesmo com o ambiente saudável

Com o passar do tempo

Ele ia se irritando

Com sua dobradura irregular

Com o formato estranho que o seu trabalho tinha

Até que um estranho pensamento veio-lhe

Que as folhas eram como as pessoas a quem ele

Se dedicava , e que não adiantava tentar torná-las

Perfeitas , eram como sua dobradura

Tinham traços e defeitos diferentes umas das outras

E olhou para seus trabalhos e percebeu que como

Os origamis que fazia eram único por seus defeitos

Pelos traços desordenados, e reconheceu a beleza

Na sua falta de exatidão

E como a vida erra pra ser mais bela.

chave de desgosto


Passo meu tempo na terra preso
Vendo as paredes da vida fecharem-se sobre mim
Escutando o som das oportunidades extinguir-se
Os ventos da saudade aumentarem
Tive meu destino em minhas mãos
Mas por descuido da juventude
Você me escapou entre os dedos do descuido
Agora apenas me resta ver o sol nascer
Nessa prisão que e viver sem você

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

atrás

Quando você ficou para trás

Pus-me a andar sobre o sol

Numa sombra de pensamentos

Uma escuridão sem sentido

Com o sol ainda em pico

Só tenho a desejar o entardecer

O sol a se por me faz lembra você

Não pela beleza estonteante

Mas pelo adeus agonizante