sábado, 12 de dezembro de 2009

NÃO DEIXE MORRER

Marighella vive! Frei Beto vive!

Todos que um dia derramaram

O sangue idealista no plano ditador

Até que seus pêsames sufocassem

A voz presunçosa

De lideres boçais

Todos vivem!

Vivem no coração daqueles que se lembram

Renascem na inspiração daqueles que se põem

Seus ideais irão novamente correr na veia dos injustiçados brasileiros

Seus gritos deverão ecoar pela garganta dos oprimidos mais uma vez

Só que dessa vez o inimigo e outro

A opressão militar não assola mais o povo

A corrupção dos lideres é o grande opressor

Que pouco a pouco será também sufocado!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

lúcida vontade

Tentei esquecer você
Mas contra todas as minhas vontades
Vejo-te em todos os lugares
Tudo parece lembrar-te

E a cada nova manha
Aparece em todas as coisas
Ou em coisa nenhuma
Faz parte de mim
Ou Faz parte de tudo

E eu, novamente, sem sucesso
Tento tirar-me de mim mesmo
Sabendo que morreria no processo

lista

Não paro mais para pensar em você

Que agora e só mais um nome

Em uma lista embaralhada

Com dezenas de outros nomes


E quando Passo os olhos pela lista

Deixo-me esquecer de lembrar

Não me prendo a lê-la mais

Esqueço o que estava fazendo

E minha vida, de novo, vou vivendo

domingo, 22 de novembro de 2009

O que fazia

Olhos contraídos por causa do sol

Quase se esbarraram

Rua pouco movimentada

Calçada rachada por raízes de árvores velhas

Os olhares duraram o silencio da tempestade

E logo mudaram de direção

Instintivo e educado

Mas suficiente para esquecer

Pra onde iam

O que estavam fazendo

No que estavam pensando

...

sábado, 21 de novembro de 2009

Complicado achá-la
Você e rápida
Logo que a vejo
Logo a perco de vista
Fico anos sem te ver
E quando acho que a achei
Era só mais uma cópia
Enganei-me inúmeras vezes
Errei inúmeras outras
Na esperança
Mantenho olhos abertos
Sempre olhando
Na direção que te perdi

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Quanto mais eu penso em você
Menos faço parte de mim mesmo
Mais do que posso calcular
Há de você em mim

E quando me ignora
Vazio eu fico
Já perdido de você
Aguardo apenas o que resta

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

assim acontecerá

Ele virou antes de chegar ao caixa, pegou-lhe as mãos, ela ficou atônita, no meio da fila do mercado, ela nunca podia ter esperando por isso, ele então olhou e seus olhos e disse:
-vou fazer isso da maneira mais sincera que eu posso, vamos discutir, nem tudo será flores e alegrias , você vai jogar coisas em mim , eu vou dizer coisas horríveis pra você , haverá uma briga pela posse do controle remoto , vou ficar insano quando achar calcinhas no boxe , você ira reclamar sempre de mim, mas tudo que eu te peço e que não jogue nada cortante em mim e que me ame , por que lhe amarei de volta por que não vejo meu presente nem futuro sem você ao meu lado, case-se comigo ?

sábado, 24 de outubro de 2009

Ele ia todas as tardes a uma pequena praça

Gostava do sol, das árvores ao seu redor

Do som dos pássaros enquanto

Treinava seu origami

E mesmo com o ambiente saudável

Com o passar do tempo

Ele ia se irritando

Com sua dobradura irregular

Com o formato estranho que o seu trabalho tinha

Até que um estranho pensamento veio-lhe

Que as folhas eram como as pessoas a quem ele

Se dedicava , e que não adiantava tentar torná-las

Perfeitas , eram como sua dobradura

Tinham traços e defeitos diferentes umas das outras

E olhou para seus trabalhos e percebeu que como

Os origamis que fazia eram único por seus defeitos

Pelos traços desordenados, e reconheceu a beleza

Na sua falta de exatidão

E como a vida erra pra ser mais bela.

chave de desgosto


Passo meu tempo na terra preso
Vendo as paredes da vida fecharem-se sobre mim
Escutando o som das oportunidades extinguir-se
Os ventos da saudade aumentarem
Tive meu destino em minhas mãos
Mas por descuido da juventude
Você me escapou entre os dedos do descuido
Agora apenas me resta ver o sol nascer
Nessa prisão que e viver sem você

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

atrás

Quando você ficou para trás

Pus-me a andar sobre o sol

Numa sombra de pensamentos

Uma escuridão sem sentido

Com o sol ainda em pico

Só tenho a desejar o entardecer

O sol a se por me faz lembra você

Não pela beleza estonteante

Mas pelo adeus agonizante

domingo, 30 de agosto de 2009

Dia de amanha





Esperava não compor mais
A fila de palavras termina-se com “amor”
Que letra fosse gesto
Que fossem trocadas as vontades
De escrever por a de andar com você
Sua ausência não fosse motivo de inspiração
Papel e caneta jamais fossem instrumentos de minha solidão
Que frase ruim não fosse insegurança
Que o ponto final fossem apenas o começo
Que a rima não fosse minha sina

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

sem pontos nenhum


Perdi-a, pois não estava preparado para tê-la.

Se há um destino para todos, desvirtuei o meu.

Por um acaso ou acidente tanto faz nessas horas

A conheci. Horas, dias, anos antes. Quem sabe?

A merecia?

Talvez não ou sim

O destino não me proveu essa resposta

Pelos menos não com palavras

Tirou-a de mim amargamente

Destino não joga limpo

Usou de erros meus.

Agora, então num destino desvirtuado

O significado do silencio é apenas solidão



sábado, 22 de agosto de 2009

Capelli Nero


Nascida na mais bela vertente

De uma terra por mim desconhecida

Mas com incrível beleza

Por mim reconhecida


Seus olhos, jóias.

Lapidadas sobe a luz do luar

Nas mãos hábeis do vento sul


Sua pele foi colorida pelos fúlgidos raios de sol

Que dobravam as montanhas e mergulhavam no mar de árvores antigas

Até que se curvassem diante dos céus

E desaparecessem no infinito do horizonte azul


O andar, suave como uma gota de orvalho.

Que desliza em uma pétala de flor selvagem

Num solstício da primavera


Seus cabelos cacheados

Negros como um céu sem lua

Entregues aos ventos uivantes

Brilhavam como milhares de luas cheias


Sua presença imponderável junto com seu toque

Levaram-me ao mais próximo do paraíso

Que eu já estive


Por momentânea distração

Fiz-me acordar e só então pude perceber

Que estava a sonhar com você


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

100 viagens de sonho

-Estou lhe dizendo, sou como a sombra do vento para ela.

-Você não esta sendo dramático Horácio?

Horácio parou, não queria mais falar sobre. Levantou-se, descansou seu copo sobre a mesinha de carvalho, reparou no quanto era tarde, vislumbrou a vida agitada pela janela, suspirou e voltou-se para Miguel:

-Já vou indo! Diga a seu irmão que o verei semana que vem.

Miguel se sentido culpado pela sua última frase tentou produzir alguma som. Ficou só na tentativa, antes que abrisse boca Horácio já tinha saído. Miguel foi até a janela e viu seu amigo de tantas outras, dobrando a esquina com um ar de decidido. Sobre o que ele se decidiu Miguel não conseguia imaginar, por alguns segundos agradeceu por estar casado com a mulher de seus sonhos e voltou-se para seus afazeres.

Horácio saiu pela porta e tratou de andar, só andar, pra onde ia, ele não ligava, percebeu que já não ligava pra coisas que sobe outros céus lhe fizeram muito sentido, a cada rua que passava ele pensava pra onde agora? Andou até o nascer do sol, chegando à frente de sua casa estava com os pés doidos, costas ardendo, mas o pior de todas suas enfermidades era o coração desconhecido.

Sobrevivendo a noite de angustias, Horácio levantou-se cedo da noite mal dormida, vestiu seu roupão, foi até a cozinha, preparou um café forte, parou na varanda, novamente vendo a vida passar, perplexo com a idéia, com todos aqueles sorrisos felizes de um sábado de manha ensolarada, tempo ótimo para passear pensou, mas não para ele, não naquele momento, reclusão e talvez licor fosse a resposta para seus problemas, entrou abriu sua garrafa de Baileys, derramou o liquido doce em seu copo, fechou as cortinas, sentou-se em sua poltrona junto a janela, agora fechada para a vida agitada lá fora, pegou um velho romance de Emily Bronte: O Morro dos Ventos Uivantes , folheou o livro a procura de suas partes preferidas.O céu já obscurecera e a nevoa cobria as ruas e calçadas, quando a campainha tocou com um som intrépido que despertou Horácio de seu paraíso negro, ele enfim levantou-se e foi até a porta de mogno, olhou pelo olho mágico, Miguel estava parado naquela escuridão sonolenta com cara de quem tinha algo muito importante para dizer, Horácio abriu a porta com seu nada habitual olá, havia dito na noite passada que não queria conversas.

-Diga então velho amigo, o que o traz aqui?

-Trago-lhe a mais bela noticia de todas! Sua dama voltou para casa essa tarde.

-Como sabe disso homem?

-Ah, bem escutei quando estava andando na feira...

-Santo homem, santo homem, agora vá tenho muito a fazer.

-Mas como assim?

-Vá homem, a coisas a pensar, inimaginável a imaginar, não sabe o quanto a fazer.

Miguel saiu assustado com a reação do amigo e pensou que talvez sua informação poderia ter feito mais mal do que bem, mas isso só amanha dirá.

Horácio acordou cedo, abriu os olhos e reparou no sol que fazia e como estava quente, perfeito pensou consigo mesmo, será uma tarde maravilhosa então, calçou os chinelos foi tomar o desjejum.Saiu de casa à tarde, o sol já havia começado seu espetáculo, andou rápido pelas ruas vazias, parou na frente da casa de Cecília e a gritou:

-Cecília!

Manteve-se quieto por um tempo, não conseguia captar nem um som no horizonte, até os mais barulhentos pássaros pareciam calados, então gritou novamente, novamente, gritou até as cordas vocais saltarem, mas nem um movimento conseguiu perceber, então quando estava prestes a desistir soltou um grito a plenos pulmões:

-Cecíliaaaaaaaaaaaaa!

Esse último som que mais parecia ter sido produzido pela alma de Horácio e não pelas suas cordas vocais, despertou a vida dentro da casa, então uma janela se abriu no segundo andar, Cecília apareceu com sua face irritada e gritou de volta para o louco que berrava seu nome na rua:

-O que você quer aqui Horácio, o mal que lhe fiz já não foi o bastante?

-Não, não foi mesmo, temo que não há mal que me faça sair de onde estou- respondeu Horácio com o rosto rubro de entusiasmo.Cecília escolheu as palavras certas e retrucou ao louco:

-Se não há mal, há então a policia!

-Eu rogo que não a chame-disse o desesperado

-Deixe-me dizer às palavras que a muito lhe devia ter dito!

-Devo estar fora de mim, vamos então Horácio diga o que veio dizer e vá,duvido depois do que me fez, e do que eu o fiz que ainda sobre esperança.

-Sonhei com você mais inúmeras vezes que fui capaz de contar, a vi como um sonho todos as vezes que nos encontramos, um sonho que eu era capaz de tocar, segurar e sentir, um sonho que eu mesmo consegui destruir, meu erro resultou no seu erro.Horácio parou um momento e a olhou, tão bela, tão jovem, Cecília disse então:

-Horácio pare!Chega dessas tolices.

-Espere não terminei ainda, a coisa mais difícil que fiz na minha vida não foi perdoá-la e vir até aqui, mas perdoar a mim mesmo, sim deve ter sido coisa mais dura, pior que sofrer todas as enfermidades da sua desatenção, só pude perdoar-me com a promessa de que a veria de novo pelo menos mais uma vez, e que lhe diria como é escuro, frio o mundo depois de te perder, de como o sol tem cores mais opacas quando você não esta olhando pra ele, e como ele brilha mais intensamente, mais radiante,quando você olha pra ele, tentado competir com sua beleza em cada pôr-do-sol que passamos juntos, você não é a melhor coisa que me aconteceu, você é a única coisa que me aconteceu.

Horácio pode então ver lagrimas nos olhos de Cecília.

E foi assim que minha filha mais velha encontrou aquele a quem amou até final dos dias.

sábado, 8 de agosto de 2009

Caminho ao vinho


Tempo triste e cauteloso
Fico embaixo do teto
Fico encima de uma sobra
Vou para o campo aberto
Invento uma trilha
Perco-me numa pirâmide
Enfrento uma savana
De norte a leste
De sul a oeste
Dou mil voltas no mundo
Para não lembrar de te amar

quinta-feira, 6 de agosto de 2009


Você esta tão longe agora

Envolvida nos braços azedos de outro

Que mal posso lembrar seu nome

Sem sentir gosto do arrependimento

E quando me ponho a tentar te esquecer

Sinto a pua mutilando meu peito


Ponho-te apelidos, não por afeto

Mas por compaixão com um coração

Que só fez errar desde que te conheceu

E que agora corrói no desespero

Sem gosto de tê-la, sem o desgosto de esquecê-la.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

limites


Você parece estar tão próxima
Posso sentir seu agradável cheiro
De outono rubro
Posso ver seus negros cabelos
Balançando harmoniosamente
Sobe a luz do luar
Posso escutar seus doces passos
Na varanda, na frente de casa.
Posso sentir sua aura amorosa
Despertando os primeiros raios de sol
Posso ouvir o timbre da sua voz
Nos corredores negros e sem vida
Da minha casa
Desejando que esse som
Fosse à melodia de todos os dias
Que esse som estivesse na partitura do
Meu destino

sábado, 25 de julho de 2009

sopro de...

Muito tarde perguntaram-me se eu acreditava no amor
Disse que sim.
--Sim, acredito embora ele não acredite em mim.
Depois de uma longa pausa expliquei-lhe
--Minha experiência com o amor e como uma criança que corre atrás da bola
Mas quando chega perto da bola, seus pés desengonçados chutam-na para longe antes que seus braços possam alcança-la. E novamente a criança se põe a correr atrás da bola esperançosa que desta vez seja a ultima vez.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

outro turno


Sempre que nos esbarramos, ela.
Com seu olhar nocivo e atravessado
Ferroa minha alma, ignorando-me.
E a cada curva no final do corredor
E uma nova oportunidade da antiga dor
Atacar a velha ferida em meu torso
Cuja cicatriz nunca irá se formar
E no horizonte quando não a vejo
E a ferida mais uma vez volta a se fechar
Sinto a falta de seu olhar

sábado, 18 de julho de 2009

alguem a conhecer .


Procuro dia e noite

Procuro verbetes como o vento
Que não se vê, mas se sente.

Procuro por palavras
Palavras que talvez nem existam
Por que se existem onde se escondem?
Não se escondem no coração apaixonado
Se não saberia onde encontra-las

Procuro por rimas que se escondem
Entre o nascer do sol e as montanhas

Procuro por linhas que só se
Encontram no horizonte, mas como alcança-las?

Alguns podem dizer que procuro algo inatingível
Outros que estou numa busca insana.
Talvez ambos estejam corretos
Mas é preferível enlouquecer escutando a
Voz do coração, do que viver sã acreditando
No que os outros tem a dizer sobre minha vida

Procuro por um poema
Poema que meu coração compôs
Mas minhas mãos não têm a disciplina para escrevê-lo.

Procuro por maneiras que não existem

Procuro por formulas que não inventaram

Procuro por um fim que não chegou

Procuro pelo além, além que vai além.

Procuro pelo inexplorável, pelo inimaginável.




Procuro por uma forma de me expressar em sua frente

sexta-feira, 17 de julho de 2009

sobre ninguem conhecido



Ela fica sonhando com o futuro
Lembrando do passado
E vivendo o presente

Eu fico pensando se vou tê-la
No futuro
E pensando como fui triste sem ela
No passado
E pensando como conquista-la
No presente

ao descer do sol



Estar com você
E como uma viagem no tempo
Tudo passa tão rápido
Tudo e tão bom e emocionante
Que quando acaba já não estamos mais
No mesmo tempo de antes
Estamos além
E com você quero ir ao
Além i além

entrevista com apaixonado



Olha pra mim e ri
Não entendo
mas retribuo a risada
o que passa ?
não sei
sim, se me perguntarem
ela é linda
o quanto ?
o quanto for capaz de imaginar
exagero?
Já vi que não a conhece

origem





O amor me parece como um pote de ouro no fim do arco-íris
Primeiro você avista o arco-íris ou melhor se apaixona
Depois começa a segui-lo sem saber onde vai dar
Para os que o encontram, e como um pote de ouro
Só que bem melhor
Para os demais, que demoraram muito, o sol já se foi
Tudo o que resta é a enorme lua para consolo

sábado, 11 de julho de 2009


Meus olhos a seguem no caminho que traça
Quem é pergunta meu coração
Quem é que anda de tal maneira
Fazendo com que o horizonte se curve
Que as arvores percam sua natureza
Que as rosas sintam ciúmes
Vai conhecê-la manda meu coração
Cabelos negros ao vento
O cheiro de dama da noite chega ate mim
Embaralhando meus sentidos, confundindo.
Nada mais entendo além da voz que vem de dentro
E o coração diz para mim
Apaixonou-se tapado, agora sofra por ela.

domingo, 5 de julho de 2009

Antagonismo




Como comportar-me perto de você?

Si minha mente me diz pra ficar em silencio

Parado, estático em uma só posição.

Até que os músculos comecem a doer

E mesmo assim não se mover

Observando-a como um astrólogo

Que consegue ver a imensidão do espaço

E suas belezas, porém e incapaz de senti-las.

Fadado apenas à observa-las tristemente.

Em contradição a minha mente

Cada centímetro do meu corpo

Deseja ficar centímetros mais perto do seu corpo

Toca-la, senti-la, beija-la.

O corpo te deseja, mas a mente a teme.


domingo, 28 de junho de 2009

Acidentes existem


Viu pela primeira vez o bater do sol na pele dela
Não por falta de sol, mas por falta dela.
Viu o brilho do sol da tarde em seus cabelos negros
Fazia esquecer o que é estar só
Em sua companhia já não entendia mais o significado de solidão

A noite caiu com a lua sorrindo para ela
Sem entender o que aconteceu se despediram

Caminhando na direção oposta a dela
Ele começou a desejar que o sol se levantasse de novo
Que o dia começa-se novamente
Que mudasse o que aconteceu

Começou a desejar o impossível

sexta-feira, 19 de junho de 2009

uma estrada dois destinos




Existe um longo caminho para as portas de seu coração
Ele começa ao conhecê-la quando se olha nos seus olhos
Não se vê apenas olhos profundos e castanhos, enxerga-se também o caminho a ser traçado.
Começando a caminhada pela estrada do conhecer-la melhor
Vira-se a esquerda nos risos e continua pela estrada da vontade de se encontrar outra vez
Depois de um tempo começa a subir a ponte da sinceridade mutua que passa por cima do rio agitado das mentiras
Após a ponte vem a montanha da confiança inabalável depois da subida e descida vem a floresta do compreender um ao outro como um só
No final da floresta existe uma entrada escura no final desta esta a porta de seu coração
Mas só poderá entrar aquele que lembrar de trazer a chave do amor eterno.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Teste o homem antes de dizer que este não presta.


Eram duas da manha , mas a hora não impediu Calvin de arrumar suas malas e sair porta a fora .Foi a pior briga em seus 3 anos de casamento, e o motivo nem ele compreendia.

Meriam estava parada na sala de estar recém pintada pelo casal, em frente a porta , estupefata, seu olhar estava fixo na rua que a porta aberta revelava, chovia forte lá fora e, com um clarão veio o pesado som de uma trovoada que imediatamente trouxe Meriam de volta a realidade, ela não podia acreditar no que tinha acontecido,já fazia três horas desde que Calvin saiu.Meriam foi para a cama, mas não pegou no sono, repassou mentalmente aquela noite.

Calvin se hospedou em um hotel, as quatro da manha ainda pensava no ocorrido, em silencio, vendo a chuva bater na janela, havia uma vista encantadora no hotel, de lá podia ver o primeiro café onde se encontrou com Meriam, o parque onde passearam, a igreja onde se casaram, com um suspiro definiu o que iria fazer.

Era uma hora da tarde quando Calvin tocou a campainha de sua casa, achou melhor proceder dessa maneira não sabia se Meriam queria vê-lo.Uma voz doce familiar veio lá de dentro:

- Calvin, é você?

- Sou vim aqui decidido, o que aconteceu ontem foi minha culpa, disse coisas que não pretendia, e não posso justificá-las de modo algum, sofri cada segundo depois que sai por esta porta, não há pronuncia para dizer o que meu coração sente por você, Meriam desculpa.

Meriam abriu a porta.

domingo, 31 de maio de 2009



Eu cai toda vez que me lembrei de você
Cai no desespero de não me encontrar nunca mais
Dias noites não se distinguiam mais
O tempo havia parado
Ou então passava tão rápido
Que eu simplesmente não consegui acompanhar
Estive onde? Não sei

Pensar em você, me faz lembrar de mim.
Faz-me levantar no desespero
Reencontrar-me no encontrar você
O tempo volta a ter sentido
As lembranças significado
O muro da desesperança pode ser pulado
O medo pode ser vencido
Onde está você?

Pensar em você me traz a realidade
Realidade que despeja desesperança
Não posso mais acompanha-la
Esta onde não posso segui-la
Esta além do azul marinho
Que separa as noites dos dias

Entre a lembrança e o amor
Desespero poderia ser a única coisa
Mas surgem momentos
Onde nos encontramos não na morte
Mas na agonia do crepúsculo
E na pureza do eclipse.

sexta-feira, 29 de maio de 2009




Espírito colossal

Arrancado de casa
Sufocado, agredido, gritei sem esperança.
Socorro, ninguém escutou.
Mas se escuta o que poderia fazer?
Tente lutar contra 1000 braços autoritários
Prenderam-me
Ideal enjaulado.
Tornei-me um espírito não-livre.
Esperando pela tortura.
Guardei minhas memórias num pedaço de papel higiênico
Lamento não poder deixas meus últimos momentos
Torturado serei na noite do 5º dia
Não direi nada além de asneiras
Bem, devo morrer.

Aqui começo a narrar:
Braços me carregam para meu sepulcro
-Fale logo e poderá ir!
Foi a primeira coisa que escutei em cinco dias e não
Lamentando respondi depois de um longo e pesado silencio de minha parte
-Nada mais pode tirar de mim, homem de farda.
-Há posso!- disse o infeliz
-Você não me escutou, você tirou minha liberdade, nada mais possuo!
-Idealista né?
-Já fui, mas graças a você me tornei coisa maior!
-ahn?- foi o auge de minha noite
-Sim você, quando tirou minha liberdade e me prendeu, me transformou num mártir, meu desaparecimento será deduzido, minha vida contada, minha morte lembrada.
(passei o resto da noite em silencio).
Por nove dias torturam-me
Por oito dias falei asneira.


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Andarilho

Andando na praia, me deparei com o sol vermelho vivo, o céu limpo, o vento forte bateu no meu rosto e trouxe memórias de dias impecáveis, de alegrias transparentes, de loucuras injustificáveis, fui andando e a mente clareando foi me mostrando qual o próximo passo a dar.
Voltei a olhar para o céu e lá estava o sol se pondo com uma cor forte, vibrante perto do fim, mas belo do que nunca esteve, o vento suave me trouxe uma memória quase que perdida, uma lembrança aquecedora, lembrou-me a voz dela suave, o pôr-do-sol em seu momento mais belo me mostrou como a beleza humana dela era sublime por sobrepujar a beleza do pôr-do-sol, desgastado por esse pensamento solitário, continuei a andar com ela na minha cabeça, uma vez lembrado dela era difícil esquecer.
A lua se pós no céu e o sol se pós no mar, não venta e a noite agora passa lenta, e não sustenta o estro da memória.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Memórias ao vento

Justiça os filhos das vitimas a desejam
desejam saber onde estão seus pais
onde foram enterrados
se em algum cemitério
se seus restos foram destruídos
se foram jogados no rio da prata
para que não jazem no esquecimento
para uma rosa jogar no rio
uma rosa por no túmulo
uma rosa jogar da mais alta montanha
para que o vento leve para onde seus pais estão
e uma vez ao menos de paz aqueles a quem amam




desconsiderar o poema abaixo!!
Memórias no vento

Justiça os filhos das vitimas a desejam
Desejam saber onde estão seus pais
Onde foram enterrados
Se foram destruídos
Se foram jogados no rio prata
Para uma rosa jogar no rio
Uma rosa jogar da mais alta montanha
Para que o vento leve para onde seus pais estão
E uma vez ao menos de paz aqueles a quem amam.

sábado, 4 de abril de 2009



Sem as latitudes do som
Eu me encontro
Sem coragem para produzir um ruído
Num silencio impenetrável
Que me aproxima da eterna desventura

Me encontro enclausurado
Mas solitário que só
Que diferente de mim e formado por dois fonemas
Enquanto eu sou formado apenas de uma ilusão

Vivo a recordar das ex-amizades
Das poucas que consigo lembrar
Parecem momentos da vida de outras pessoas
Roubados por mim num ato desesperado
De possuir algo bom

Na magnitude do mistério que nos cerca
Vivo os meus últimos segundos
Na pronuncia de um único som
Adeus

sexta-feira, 20 de março de 2009

L- I - S - A - R - B

O que pensaria Zumbi ?


Amaldiçoai meus pais por não terem tentado

Para mim a fuga não pode ser apenas um ideal

A liberdade é minha ideologia


Amaldiçoai por não terem se rebelado

Melhor morrer amanha gritando

Do que viver cem vidas calado

Vendo as oportunidades de gritar

Se esvaírem no tempo


Amaldiçoe meu pai por tê-la notado

Amaldiçoai por terem se conhecido

Amaldiçoe minha mãe pelo seu belo sorriso

Amaldiçoai o destino por uni-los

Amaldiçoai por terem se amado.

Por terem se amado


A vida amaldiçoa-me.

Nasci um escravo


A vida amaldiçoa mais ainda

Aqueles que se oporem a mim

Entre o pensamento e a realidade estes vão se encontrar


Minha luta, meus ideais não ficarão na vontade

Será um impulso que marcará a historia

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

another way


Sem titulo

  E difícil mostrar quem realmente sou com

 Perguntas repetidas e frases perdidas

Assuntos que não rendem

O silencio que não compreende

Quem sou

 

Deixar os lábios crispados de vergonha

Mudar a direção do olhar quando os olhares se atravessarem

Secar o suor das mãos

Sem nada para dizer

Pensar na sorte de estar ali com você

 

Se o silencio diz muita coisa o que você esta dizendo?

Eu queria saber