Complicado achá-la Você e rápida Logo que a vejo Logo a perco de vista Fico anos sem te ver E quando acho que a achei Era só mais uma cópia Enganei-me inúmeras vezes Errei inúmeras outras Na esperança Mantenho olhos abertos Sempre olhando Na direção que te perdi
Ele virou antes de chegar ao caixa, pegou-lhe as mãos, ela ficou atônita, no meio da fila do mercado, ela nunca podia ter esperando por isso, ele então olhou e seus olhos e disse: -vou fazer isso da maneira mais sincera que eu posso, vamos discutir, nem tudo será flores e alegrias , você vai jogar coisas em mim , eu vou dizer coisas horríveis pra você , haverá uma briga pela posse do controle remoto , vou ficar insano quando achar calcinhas no boxe , você ira reclamar sempre de mim, mas tudo que eu te peço e que não jogue nada cortante em mim e que me ame , por que lhe amarei de volta por que não vejo meu presente nem futuro sem você ao meu lado, case-se comigo ?
sábado, 24 de outubro de 2009
Ele ia todas as tardes a uma pequena praça
Gostava do sol, das árvores ao seu redor
Do som dos pássaros enquanto
Treinava seu origami
E mesmo com o ambiente saudável
Com o passar do tempo
Ele ia se irritando
Com sua dobradura irregular
Com o formato estranho que o seu trabalho tinha
Até que um estranho pensamento veio-lhe
Que as folhas eram como as pessoas a quem ele
Se dedicava , e que não adiantava tentar torná-las
Perfeitas , eram como sua dobradura
Tinham traços e defeitos diferentes umas das outras
E olhou para seus trabalhos e percebeu que como
Os origamis que fazia eram único por seus defeitos
Passo meu tempo na terra preso Vendo as paredes da vida fecharem-se sobre mim Escutando o som das oportunidades extinguir-se Os ventos da saudade aumentarem Tive meu destino em minhas mãos Mas por descuido da juventude Você me escapou entre os dedos do descuido Agora apenas me resta ver o sol nascer Nessa prisão que e viver sem você
Esperava não compor mais A fila de palavras termina-se com “amor” Que letra fosse gesto Que fossem trocadas as vontades De escrever por a de andar com você Sua ausência não fosse motivo de inspiração Papel e caneta jamais fossem instrumentos de minha solidão Que frase ruim não fosse insegurança Que o ponto final fossem apenas o começo Que a rima não fosse minha sina
-Estou lhe dizendo, sou como a sombra do vento para ela.
-Você não esta sendo dramático Horácio?
Horácio parou, não queria mais falar sobre. Levantou-se, descansou seu copo sobre a mesinha de carvalho, reparou no quanto era tarde, vislumbrou a vida agitada pela janela, suspirou e voltou-se para Miguel:
-Já vou indo! Diga a seu irmão que o verei semana que vem.
Miguel se sentido culpado pela sua última frase tentou produzir alguma som. Ficou só na tentativa, antes que abrisse boca Horácio já tinha saído. Miguel foi até a janela e viu seu amigo de tantas outras, dobrando a esquina com um ar de decidido. Sobre o que ele se decidiu Miguel não conseguia imaginar, por alguns segundos agradeceu por estar casado com a mulher de seus sonhos e voltou-se para seus afazeres.
Horácio saiu pela porta e tratou de andar, só andar, pra onde ia, ele não ligava, percebeu que já não ligava pra coisas que sobe outros céus lhe fizeram muito sentido, a cada rua que passava ele pensava pra onde agora? Andou até o nascer do sol, chegando à frente de sua casa estava com os pés doidos, costas ardendo, mas o pior de todas suas enfermidades era o coração desconhecido.
Sobrevivendo a noite de angustias, Horácio levantou-se cedo da noite mal dormida, vestiu seu roupão, foi até a cozinha, preparou um café forte, parou na varanda, novamente vendo a vida passar, perplexo com a idéia, com todos aqueles sorrisos felizes de um sábado de manha ensolarada, tempo ótimo para passear pensou, mas não para ele, não naquele momento, reclusão e talvez licor fosse a resposta para seus problemas, entrou abriu sua garrafa de Baileys, derramou o liquido doce em seu copo, fechou as cortinas, sentou-se em sua poltrona junto a janela, agora fechada para a vida agitada lá fora, pegou um velho romance de Emily Bronte: O Morro dos Ventos Uivantes , folheou o livro a procura de suas partes preferidas.O céu já obscurecera e a nevoa cobria as ruas e calçadas, quando a campainha tocou com um som intrépido que despertou Horácio de seu paraíso negro, ele enfim levantou-se e foi até a porta de mogno, olhou pelo olho mágico, Miguel estava parado naquela escuridão sonolenta com cara de quem tinha algo muito importante para dizer, Horácio abriu a porta com seu nada habitual olá, havia dito na noite passada que não queria conversas.
-Diga então velho amigo, o que o traz aqui?
-Trago-lhe a mais bela noticia de todas! Sua dama voltou para casa essa tarde.
-Como sabe disso homem?
-Ah, bem escutei quando estava andando na feira...
-Santo homem, santo homem, agora vá tenho muito a fazer.
-Mas como assim?
-Vá homem, a coisas a pensar, inimaginável a imaginar, não sabe o quanto a fazer.
Miguel saiu assustado com a reação do amigo e pensou que talvez sua informação poderia ter feito mais mal do que bem, mas isso só amanha dirá.
Horácio acordou cedo, abriu os olhos e reparou no sol que fazia e como estava quente, perfeito pensou consigo mesmo, será uma tarde maravilhosa então, calçou os chinelos foi tomar o desjejum.Saiu de casa à tarde, o sol já havia começado seu espetáculo, andou rápido pelas ruas vazias, parou na frente da casa de Cecília e a gritou:
-Cecília!
Manteve-se quieto por um tempo, não conseguia captar nem um som no horizonte, até os mais barulhentos pássaros pareciam calados, então gritou novamente, novamente, gritou até as cordas vocais saltarem, mas nem um movimento conseguiu perceber, então quando estava prestes a desistir soltou um grito a plenos pulmões:
-Cecíliaaaaaaaaaaaaa!
Esse último som que mais parecia ter sido produzido pela alma de Horácio e não pelas suas cordas vocais, despertou a vida dentro da casa, então uma janela se abriu no segundo andar, Cecília apareceu com sua face irritada e gritou de volta para o louco que berrava seu nome na rua:
-O que você quer aqui Horácio, o mal que lhe fiz já não foi o bastante?
-Não, não foi mesmo, temo que não há mal que me faça sair de onde estou- respondeu Horácio com o rosto rubro de entusiasmo.Cecília escolheu as palavras certas e retrucou ao louco:
-Se não há mal, há então a policia!
-Eu rogo que não a chame-disse o desesperado
-Deixe-me dizer às palavras que a muito lhe devia ter dito!
-Devo estar fora de mim, vamos então Horácio diga o que veio dizer e vá,duvido depois do que me fez, e do que eu o fiz que ainda sobre esperança.
-Sonhei com você mais inúmeras vezes que fui capaz de contar, a vi como um sonho todos as vezes que nos encontramos, um sonho que eu era capaz de tocar, segurar e sentir, um sonho que eu mesmo consegui destruir, meu erro resultou no seu erro.Horácio parou um momento e a olhou, tão bela, tão jovem, Cecília disse então:
-Horácio pare!Chega dessas tolices.
-Espere não terminei ainda, a coisa mais difícil que fiz na minha vida não foi perdoá-la e vir até aqui, mas perdoar a mim mesmo, sim deve ter sido coisa mais dura, pior que sofrer todas as enfermidades da sua desatenção, só pude perdoar-me com a promessa de que a veria de novo pelo menos mais uma vez, e que lhe diria como é escuro, frio o mundo depois de te perder, de como o sol tem cores mais opacas quando você não esta olhando pra ele, e como ele brilha mais intensamente, mais radiante,quando você olha pra ele, tentado competir com sua beleza em cada pôr-do-sol que passamos juntos, você não é a melhor coisa que me aconteceu, você é a única coisa que me aconteceu.
Horácio pode então ver lagrimas nos olhos de Cecília.
E foi assim que minha filha mais velha encontrou aquele a quem amou até final dos dias.
Tempo triste e cauteloso Fico embaixo do teto Fico encima de uma sobra Vou para o campo aberto Invento uma trilha Perco-me numa pirâmide Enfrento uma savana De norte a leste De sul a oeste Dou mil voltas no mundo Para não lembrar de te amar
Você parece estar tão próxima Posso sentir seu agradável cheiro De outono rubro Posso ver seus negros cabelos Balançando harmoniosamente Sobe a luz do luar Posso escutar seus doces passos Na varanda, na frente de casa. Posso sentir sua aura amorosa Despertando os primeiros raios de sol Posso ouvir o timbre da sua voz Nos corredores negros e sem vida Da minha casa Desejando que esse som Fosse à melodia de todos os dias Que esse som estivesse na partitura do Meu destino
Muito tarde perguntaram-me se eu acreditava no amor Disse que sim. --Sim, acredito embora ele não acredite em mim. Depois de uma longa pausa expliquei-lhe --Minha experiência com o amor e como uma criança que corre atrás da bola Mas quando chega perto da bola, seus pés desengonçados chutam-na para longe antes que seus braços possam alcança-la. E novamente a criança se põe a correr atrás da bola esperançosa que desta vez seja a ultima vez.
Sempre que nos esbarramos, ela. Com seu olhar nocivo e atravessado Ferroa minha alma, ignorando-me. E a cada curva no final do corredor E uma nova oportunidade da antiga dor Atacar a velha ferida em meu torso Cuja cicatriz nunca irá se formar E no horizonte quando não a vejo E a ferida mais uma vez volta a se fechar Sinto a falta de seu olhar
Procuro verbetes como o vento Que não se vê, mas se sente.
Procuro por palavras Palavras que talvez nem existam Por que se existem onde se escondem? Não se escondem no coração apaixonado Se não saberia onde encontra-las
Procuro por rimas que se escondem Entre o nascer do sol e as montanhas
Procuro por linhas que só se Encontram no horizonte, mas como alcança-las?
Alguns podem dizer que procuro algo inatingível Outros que estou numa busca insana. Talvez ambos estejam corretos Mas é preferível enlouquecer escutando a Voz do coração, do que viver sã acreditando No que os outros tem a dizer sobre minha vida
Procuro por um poema Poema que meu coração compôs Mas minhas mãos não têm a disciplina para escrevê-lo.
Procuro por maneiras que não existem
Procuro por formulas que não inventaram
Procuro por um fim que não chegou
Procuro pelo além, além que vai além.
Procuro pelo inexplorável, pelo inimaginável.
Procuro por uma forma de me expressar em sua frente
Estar com você E como uma viagem no tempo Tudo passa tão rápido Tudo e tão bom e emocionante Que quando acaba já não estamos mais No mesmo tempo de antes Estamos além E com você quero ir ao Além i além
Olha pra mim e ri Não entendo mas retribuo a risada o que passa ? não sei sim, se me perguntarem ela é linda o quanto ? o quanto for capaz de imaginar exagero? Já vi que não a conhece
O amor me parece como um pote de ouro no fim do arco-íris Primeiro você avista o arco-íris ou melhor se apaixona Depois começa a segui-lo sem saber onde vai dar Para os que o encontram, e como um pote de ouro Só que bem melhor Para os demais, que demoraram muito, o sol já se foi Tudo o que resta é a enorme lua para consolo
sábado, 11 de julho de 2009
Meus olhos a seguem no caminho que traça Quem é pergunta meu coração Quem é que anda de tal maneira Fazendo com que o horizonte se curve Que as arvores percam sua natureza Que as rosas sintam ciúmes Vai conhecê-la manda meu coração Cabelos negros ao vento O cheiro de dama da noite chega ate mim Embaralhando meus sentidos, confundindo. Nada mais entendo além da voz que vem de dentro E o coração diz para mim Apaixonou-se tapado, agora sofra por ela.
Viu pela primeira vez o bater do sol na pele dela Não por falta de sol, mas por falta dela. Viu o brilho do sol da tarde em seus cabelos negros Fazia esquecer o que é estar só Em sua companhia já não entendia mais o significado de solidão
A noite caiu com a lua sorrindo para ela Sem entender o que aconteceu se despediram
Caminhando na direção oposta a dela Ele começou a desejar que o sol se levantasse de novo Que o dia começa-se novamente Que mudasse o que aconteceu
Existe um longo caminho para as portas de seu coração Ele começa ao conhecê-la quando se olha nos seus olhos Não se vê apenas olhos profundos e castanhos, enxerga-se também o caminho a ser traçado. Começando a caminhada pela estrada do conhecer-la melhor Vira-se a esquerda nos risos e continua pela estrada da vontade de se encontrar outra vez Depois de um tempo começa a subir a ponte da sinceridade mutua que passa por cima do rio agitado das mentiras Após a ponte vem a montanha da confiança inabalável depois da subida e descida vem a floresta do compreender um ao outro como um só No final da floresta existe uma entrada escura no final desta esta a porta de seu coração Mas só poderá entrar aquele que lembrar de trazer a chave do amor eterno.
Eram duas da manha , mas a hora não impediu Calvin de arrumar suas malas e sair porta a fora .Foi a pior briga em seus 3 anos de casamento, e o motivo nem ele compreendia.
Meriam estava parada na sala de estar recém pintada pelo casal, em frente a porta , estupefata, seu olhar estava fixo na rua que a porta aberta revelava, chovia forte lá fora e, com um clarão veio o pesado som de uma trovoada que imediatamente trouxe Meriam de volta a realidade, ela não podia acreditar no que tinha acontecido,já fazia três horas desde que Calvin saiu.Meriam foi para a cama, mas não pegou no sono, repassou mentalmente aquela noite.
Calvin se hospedou em um hotel, as quatro da manha ainda pensava no ocorrido, em silencio, vendo a chuva bater na janela, havia uma vista encantadora no hotel, de lá podia ver o primeiro café onde se encontrou com Meriam, o parque onde passearam, a igreja onde se casaram, com um suspiro definiu o que iria fazer.
Era uma hora da tarde quando Calvin tocou a campainha de sua casa, achou melhor proceder dessa maneira não sabia se Meriam queria vê-lo.Uma voz doce familiar veio lá de dentro:
- Calvin, é você?
- Sou vim aqui decidido, o que aconteceu ontem foi minha culpa, disse coisas que não pretendia, e não posso justificá-las de modo algum, sofri cada segundo depois que sai por esta porta, não há pronuncia para dizer o que meu coração sente por você, Meriam desculpa.
Meriam abriu a porta.
domingo, 31 de maio de 2009
Eu cai toda vez que me lembrei de você Cai no desespero de não me encontrar nunca mais Dias noites não se distinguiam mais O tempo havia parado Ou então passava tão rápido Que eu simplesmente não consegui acompanhar Estive onde? Não sei
Pensar em você, me faz lembrar de mim. Faz-me levantar no desespero Reencontrar-me no encontrar você O tempo volta a ter sentido As lembranças significado O muro da desesperança pode ser pulado O medo pode ser vencido Onde está você?
Pensar em você me traz a realidade Realidade que despeja desesperança Não posso mais acompanha-la Esta onde não posso segui-la Esta além do azul marinho Que separa as noites dos dias
Entre a lembrança e o amor Desespero poderia ser a única coisa Mas surgem momentos Onde nos encontramos não na morte Mas na agonia do crepúsculo E na pureza do eclipse.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Espírito colossal
Arrancado de casa Sufocado, agredido, gritei sem esperança. Socorro, ninguém escutou. Mas se escuta o que poderia fazer? Tente lutar contra 1000 braços autoritários Prenderam-me Ideal enjaulado. Tornei-me um espírito não-livre. Esperando pela tortura. Guardei minhas memórias num pedaço de papel higiênico Lamento não poder deixas meus últimos momentos Torturado serei na noite do 5º dia Não direi nada além de asneiras Bem, devo morrer.
Aqui começo a narrar: Braços me carregam para meu sepulcro -Fale logo e poderá ir! Foi a primeira coisa que escutei em cinco dias e não Lamentando respondi depois de um longo e pesado silencio de minha parte -Nada mais pode tirar de mim, homem de farda. -Há posso!- disse o infeliz -Você não me escutou, você tirou minha liberdade, nada mais possuo! -Idealista né? -Já fui, mas graças a você me tornei coisa maior! -ahn?- foi o auge de minha noite -Sim você, quando tirou minha liberdade e me prendeu, me transformou num mártir, meu desaparecimento será deduzido, minha vida contada, minha morte lembrada. (passei o resto da noite em silencio). Por nove dias torturam-me Por oito dias falei asneira.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Andarilho
Andando na praia, me deparei com o sol vermelho vivo, o céu limpo, o vento forte bateu no meu rosto e trouxe memórias de dias impecáveis, de alegrias transparentes, de loucuras injustificáveis, fui andando e a mente clareando foi me mostrando qual o próximo passo a dar. Voltei a olhar para o céu e lá estava o sol se pondo com uma cor forte, vibrante perto do fim, mas belo do que nunca esteve, o vento suave me trouxe uma memória quase que perdida, uma lembrança aquecedora, lembrou-me a voz dela suave, o pôr-do-sol em seu momento mais belo me mostrou como a beleza humana dela era sublime por sobrepujar a beleza do pôr-do-sol, desgastado por esse pensamento solitário, continuei a andar com ela na minha cabeça, uma vez lembrado dela era difícil esquecer. A lua se pós no céu e o sol se pós no mar, não venta e a noite agora passa lenta, e não sustenta o estro da memória.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Memórias ao vento
Justiça os filhos das vitimas a desejam desejam saber onde estão seus pais onde foram enterrados se em algum cemitério se seus restos foram destruídos se foram jogados no rio da prata para que não jazem no esquecimento para uma rosa jogar no rio uma rosa por no túmulo uma rosa jogar da mais alta montanha para que o vento leve para onde seus pais estão e uma vez ao menos de paz aqueles a quem amam
desconsiderar o poema abaixo!!
Memórias no vento
Justiça os filhos das vitimas a desejam Desejam saber onde estão seus pais Onde foram enterrados Se foram destruídos Se foram jogados no rio prata Para uma rosa jogar no rio Uma rosa jogar da mais alta montanha Para que o vento leve para onde seus pais estão E uma vez ao menos de paz aqueles a quem amam.
sábado, 4 de abril de 2009
Sem as latitudes do som Eu me encontro Sem coragem para produzir um ruído Num silencio impenetrável Que me aproxima da eterna desventura
Me encontro enclausurado Mas solitário que só Que diferente de mim e formado por dois fonemas Enquanto eu sou formado apenas de uma ilusão
Vivo a recordar das ex-amizades Das poucas que consigo lembrar Parecem momentos da vida de outras pessoas Roubados por mim num ato desesperado De possuir algo bom
Na magnitude do mistério que nos cerca Vivo os meus últimos segundos Na pronuncia de um único som Adeus