sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Narrador Personagem, Infelizmente.


Deságua meus e seus sussurros
Numa torrente de: “que se foda” e “que se dane”
Portas se batem numa sinfonia gutural das cavernas
Pêndulos balançam enquanto toda paciência se esvai
Objetos finos e delicados voam pela sala
Junto de uma melodia dramática e inconstante de: “suma da minha vida”
Pratos voam, racham e se partem.
Uma noite como muitas outras, uma noite de rancor
A prataria balança, mas ninguém a toca.
A porcelana já se foi brigas atrás
Ainda temos coleção de copos de bar, bem tínhamos.
O céu fica aos prantos
A chuva vem como enxurrada
E a briga chega aos jardins, e lá se vai meu playstation3 novinho
Pela janela da frente, direto nas roseiras
Cachorro entra com um som retumbante de trovão
Morrendo de medo, e achando que estamos brincando
Criatura amável, mas uma mula - essa minha mulher

O sol nasce, café da manhã na cama, o amor renasce 

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