domingo, 31 de maio de 2009



Eu cai toda vez que me lembrei de você
Cai no desespero de não me encontrar nunca mais
Dias noites não se distinguiam mais
O tempo havia parado
Ou então passava tão rápido
Que eu simplesmente não consegui acompanhar
Estive onde? Não sei

Pensar em você, me faz lembrar de mim.
Faz-me levantar no desespero
Reencontrar-me no encontrar você
O tempo volta a ter sentido
As lembranças significado
O muro da desesperança pode ser pulado
O medo pode ser vencido
Onde está você?

Pensar em você me traz a realidade
Realidade que despeja desesperança
Não posso mais acompanha-la
Esta onde não posso segui-la
Esta além do azul marinho
Que separa as noites dos dias

Entre a lembrança e o amor
Desespero poderia ser a única coisa
Mas surgem momentos
Onde nos encontramos não na morte
Mas na agonia do crepúsculo
E na pureza do eclipse.

sexta-feira, 29 de maio de 2009




Espírito colossal

Arrancado de casa
Sufocado, agredido, gritei sem esperança.
Socorro, ninguém escutou.
Mas se escuta o que poderia fazer?
Tente lutar contra 1000 braços autoritários
Prenderam-me
Ideal enjaulado.
Tornei-me um espírito não-livre.
Esperando pela tortura.
Guardei minhas memórias num pedaço de papel higiênico
Lamento não poder deixas meus últimos momentos
Torturado serei na noite do 5º dia
Não direi nada além de asneiras
Bem, devo morrer.

Aqui começo a narrar:
Braços me carregam para meu sepulcro
-Fale logo e poderá ir!
Foi a primeira coisa que escutei em cinco dias e não
Lamentando respondi depois de um longo e pesado silencio de minha parte
-Nada mais pode tirar de mim, homem de farda.
-Há posso!- disse o infeliz
-Você não me escutou, você tirou minha liberdade, nada mais possuo!
-Idealista né?
-Já fui, mas graças a você me tornei coisa maior!
-ahn?- foi o auge de minha noite
-Sim você, quando tirou minha liberdade e me prendeu, me transformou num mártir, meu desaparecimento será deduzido, minha vida contada, minha morte lembrada.
(passei o resto da noite em silencio).
Por nove dias torturam-me
Por oito dias falei asneira.


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Andarilho

Andando na praia, me deparei com o sol vermelho vivo, o céu limpo, o vento forte bateu no meu rosto e trouxe memórias de dias impecáveis, de alegrias transparentes, de loucuras injustificáveis, fui andando e a mente clareando foi me mostrando qual o próximo passo a dar.
Voltei a olhar para o céu e lá estava o sol se pondo com uma cor forte, vibrante perto do fim, mas belo do que nunca esteve, o vento suave me trouxe uma memória quase que perdida, uma lembrança aquecedora, lembrou-me a voz dela suave, o pôr-do-sol em seu momento mais belo me mostrou como a beleza humana dela era sublime por sobrepujar a beleza do pôr-do-sol, desgastado por esse pensamento solitário, continuei a andar com ela na minha cabeça, uma vez lembrado dela era difícil esquecer.
A lua se pós no céu e o sol se pós no mar, não venta e a noite agora passa lenta, e não sustenta o estro da memória.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Memórias ao vento

Justiça os filhos das vitimas a desejam
desejam saber onde estão seus pais
onde foram enterrados
se em algum cemitério
se seus restos foram destruídos
se foram jogados no rio da prata
para que não jazem no esquecimento
para uma rosa jogar no rio
uma rosa por no túmulo
uma rosa jogar da mais alta montanha
para que o vento leve para onde seus pais estão
e uma vez ao menos de paz aqueles a quem amam




desconsiderar o poema abaixo!!
Memórias no vento

Justiça os filhos das vitimas a desejam
Desejam saber onde estão seus pais
Onde foram enterrados
Se foram destruídos
Se foram jogados no rio prata
Para uma rosa jogar no rio
Uma rosa jogar da mais alta montanha
Para que o vento leve para onde seus pais estão
E uma vez ao menos de paz aqueles a quem amam.