sábado, 24 de outubro de 2009

Ele ia todas as tardes a uma pequena praça

Gostava do sol, das árvores ao seu redor

Do som dos pássaros enquanto

Treinava seu origami

E mesmo com o ambiente saudável

Com o passar do tempo

Ele ia se irritando

Com sua dobradura irregular

Com o formato estranho que o seu trabalho tinha

Até que um estranho pensamento veio-lhe

Que as folhas eram como as pessoas a quem ele

Se dedicava , e que não adiantava tentar torná-las

Perfeitas , eram como sua dobradura

Tinham traços e defeitos diferentes umas das outras

E olhou para seus trabalhos e percebeu que como

Os origamis que fazia eram único por seus defeitos

Pelos traços desordenados, e reconheceu a beleza

Na sua falta de exatidão

E como a vida erra pra ser mais bela.

Nenhum comentário: