sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pesadelo


Esse circo itinerante,
Ninguém sabe onde vai parar,

E eu estou cansado;
Cansado de seus cabelos escuros como a meia-noite;
Cansado de sim, quando é não;
Cansado de mentir, por não gostarem da verdade;
Cansado de seu sorriso presunçoso;
Cansado de toda essa barulheira por nada;
Cansado de esperar, de sentar e esperar, de esperar pra sentar;
Cansado de ver, quando quero escutar;
Cansado da fome de seus olhos
Cansado de uma piada sem graça, que chamam vida;
Cansado da pena mórbida que sentem por mim;
Cansado do gosto de escárnio na minha voz;
Cansado do seu interesse pela vida
Cansado do âmbar do fim da tarde;
Cansado de sorrir para tirar o gelo de minhas palavras;
Cansado de seu silencio;
Cansado de começar versos, cansado. 

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