sexta-feira, 29 de maio de 2009




Espírito colossal

Arrancado de casa
Sufocado, agredido, gritei sem esperança.
Socorro, ninguém escutou.
Mas se escuta o que poderia fazer?
Tente lutar contra 1000 braços autoritários
Prenderam-me
Ideal enjaulado.
Tornei-me um espírito não-livre.
Esperando pela tortura.
Guardei minhas memórias num pedaço de papel higiênico
Lamento não poder deixas meus últimos momentos
Torturado serei na noite do 5º dia
Não direi nada além de asneiras
Bem, devo morrer.

Aqui começo a narrar:
Braços me carregam para meu sepulcro
-Fale logo e poderá ir!
Foi a primeira coisa que escutei em cinco dias e não
Lamentando respondi depois de um longo e pesado silencio de minha parte
-Nada mais pode tirar de mim, homem de farda.
-Há posso!- disse o infeliz
-Você não me escutou, você tirou minha liberdade, nada mais possuo!
-Idealista né?
-Já fui, mas graças a você me tornei coisa maior!
-ahn?- foi o auge de minha noite
-Sim você, quando tirou minha liberdade e me prendeu, me transformou num mártir, meu desaparecimento será deduzido, minha vida contada, minha morte lembrada.
(passei o resto da noite em silencio).
Por nove dias torturam-me
Por oito dias falei asneira.


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