sexta-feira, 13 de julho de 2012

Por que, eu cansei da merda toda ter que fazer sentido.




São incertezas que agarram os desejos e as pequenas vontades pelo cangote, e os arrastam para sua vala uniforme de medo e aflição. E são poucos aqueles que compreendem ou relativizam, o olhar daqueles que olham de dentro da vala para fora, suas expressões são apáticas, como estatuas esculpidas por um escultor, que faz muitos traços, com muita dor em seus braços, com valor ao trabalho e aos próprios calos, que são formados a cada martelada que dá no seu trabalho de expressões frias como o mármore.
E duras são as pessoas que lado a lado lotam a vala, concordam com tudo, não largam de antigas más experiências, mas a usam como uma enciclopédia para estudar o futuro, pisando apenas onde já foi pisado, acham que pra tudo há um livro, que há sempre alguém para ensiná-las, caem de joelhos e se dizem sem sorte. Ou lotam as ruas e caminham para a direção errada, achando que no final haverá um pote de ouro e tudo que encontram é um deserto, com poucas lagrimas pra se hidratar.
Dos véus de vidas que esse autor nunca teve, imaginar alguém que não saiba dar os próprios passos na direção que escolheu, e como descrever a um cego como é uma arvore, falando em japonês.
Aos nobres sentimentos dou meus pêsames, pois se vão mais rápidos que gotas d’água em asfalto quente, poucos são os que sentem. Tão pouco que nem sinto não conhecê-los mais detalhadamente. Aos que sentem, entenderão como um pássaro abre suas asas e sente o vento fluir por seu corpo sem medo do que pode aguardá-lo quando não puder mais voar.
Como a maioria dos textos confusos e sem muita utilidade, se não preencher linhas invisíveis, termino com uma frase que não é minha e tampouco sei de quem é:
“Se eu concordar com você, nós dois estaremos errados.”

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